segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO

Objetivo: Ler e interpretar o texto
O canto do grilo

Era uma vez um índio que abandonou a reserva e foi visitar um homem branco, com quem tinha uma velha amizade. Uma cidade grande com todo seu ruído, os carros e tantas pessoas movendo-se apressadas era algo novo e desconcertante para o índio.
Eles passeavam pela rua quando o índio tocou seu amigo no ombro e lhe disse:
– Pare por um momento! Você está ouvindo o mesmo que eu?
Seu amigo respondeu que ouvia o barulho dos ônibus, a buzina dos carros, o ruído de passos de pessoas, o som de risadas e de conversas.
– O que chamou sua atenção? – quis saber, por fim.
– Nada disso. Acho que perto daqui há um grilo cantando.
Surpreso com o que o índio havia dito, o outro aguçou os ouvidos e prestou atenção nos sons da cidade. Em seguida, balançou a cabeça:
– Está enganado – disse. – Aqui não existem grilos. Além disso, se houvesse um grilo por aqui, em algum lugar, certamente eu não ouviria, com todo esse barulho infernal.
O índio deu alguns passos e parou diante da parede de uma casa, por onde cresciam heras. O índio tocou a folhagem de um lado, de outro, afastou algumas folhas e... Surpresa! Para o assombro de seu amigo ali havia um grilo que cantava com todas as suas forças.
Depois de um momento, ele comentou com o índio:
– É claro que só alguém como você poderia ter ouvido o grilo. Seu ouvido está muito mais treinado do que o meu. Aliás, os índios têm esse sentido mais desenvolvido que nós, homens brancos.
O índio sorriu e balançou a cabeça, discordando.
– Você está enganado, amigo. O ouvido de um índio não é melhor nem pior do que o ouvido de um branco. Preste atenção que eu vou lhe mostrar.
Então ele pegou uma moeda em seu cinto de couro e deixou-a cair sobre a calçada.
A moeda tilintou ao chocar-se com o asfalto. As pessoas que estavam ao redor captaram o som e olharam para todos os lados, procurando o dinheiro. Finalmente, uma delas encontrou a moeda, pegou-a e seguiu seu caminho.
– Viu? – disse o índio, sorrindo. – O som do tilintar da moeda não era mais forte que o canto do grilo e, apesar disso, muitas mulheres e homens brancos o ouviram. Enquanto que o canto do grilo ninguém o escutou melhor do que eu. Não é certo afirmar que o ouvido dos índios é melhor que o ouvido dos homens brancos. Acontece simplesmente que cada um ouve melhor o que está acostumado a considerar.
Frederik Hetmann. Historias de los piejes rojas (Texto adaptado)
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
1- Qual o título da história? Qual o nome do autor?
2-Por que o índio percebeu o canto do grilo no meio de tanto barulho?
3-Que barulho chamou a atenção dos habitantes da cidade? Por quê?
4-Assinale a melhor resposta:
                                 Ao ler este texto, podemos concluir que:
          (     ) Só ouvimos os sons que estamos acostumados a ouvir.
          (     ) Ouvimos melhor aqueles sons que fazem parte da nossa vida.

Justifique sua escolha.
5- Qual desses títulos substituiria melhor o título do texto?

(  ) Nossa vida e seus valores   (  ) A importância das coisas  (   ) Os ob
jetos e seus valores
 6-Você tem algum objeto que é importante só para você? Qual? Por quê?
7-Na sua casa existe algum objeto que é muito importante para seus pais e não tem importância nenhuma pra você? Qual?

Assinale a melhor resposta:

8-Pensando sobre o texto, podemos concluir que:

(     ) devemos respeitar os interesses das outras pessoas.
(     ) o valor das coisas depende da importância que damos a elas.
(     ) não importa o quanto cada coisa custa, mas o quanto é importante para nós.


 
 


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