domingo, 26 de junho de 2011

Brincadeiras dos Yudja (TRIBO INDÍGENA)



    Os Yudja falam uma língua do tronco Tupi e vivem em 6 aldeias próximas à beira do rio Xingu, no Mato Grosso, e também perto da foz do rio próximo à cidade de Altamira, no Pará.
    O texto abaixo foi produzido pelas crianças da aldeia Tuba Tuba junto com a equipe do Programa Xingu/ISA.
    Nós somos as crianças do povo Yudja, da aldeia Tuba Tuba do Parque Indígena do Xingu, no Mato Grosso.
    Nós meninos aqui da aldeia gostamos de brincar com nosso arco e flecha. Nós começamos a aprender a fazer arquinho com nossos avôs, pais, irmãos mais velhos ou nossos amigos.
    Fazemos nosso arco e flecha com qualquer tipo de material só para brincar e aprender a lançar flecha, o mais difícil é colocar a pena da ponta da flecha para voar bem. Nós acompanhamos nossos pais durante a pescaria, também pescamos sozinhos na beira do rio, mas na caçada nós não vamos, porque é difícil acompanhar.
    Nós fazemos campeonato de arco e flecha para saber quem é o melhor no lançamento de flecha.
    Nós gostamos de fazer aviãozinho, imitando a hélice com uma folha de árvores ou outros materiais.
    Nós meninas gostamos de fazer pulseira, colar de miçanga.
    Em casa, nós ajudamos nossas mães cuidando de nossos irmãos menores, assando peixe, fazendo mingau, até conseguirmos fazer sozinhas.
    Nós também vamos a roça e ajudamos a carregar mandioca, batata e outros.
    Ajudamos também a pegar água no rio para cozinhar e lavar. Nós lavamos louça e roupa no rio desde pequenas.
    Nós também já estamos aprendendo a fazer pintura corporal e começando a fazer cuias e panelinhas de barro.
    Nós gostamos de brincar de pega-pega no rio, de escorregar no barranco...
    De desenhar animal ou pessoa na terra, de brincar de rodar o peão com semente de tucum...
    E de fazer brincadeira de barbante.
    Nós também temos nossas músicas para brincar batendo palma ou então brincar de roda. De noite nós gostamos de brincar no pátio da aldeia cantando as músicas de brincar, ou então as músicas das nossas festas.
    Nós estudamos na escola de nossa aldeia, estudamos em nossa língua e no português e ouvimos as histórias que os mais velhos contam para a gente durante a aula.

http://pibmirim.socioambiental.org/como-vivem/brincadeiras
1-    Responda as  questões de acordo com texto lido:

a) O texto conta um pouco do cotidiano de crianças indígenas. Transcreva do texto dois destes fatos. (1,0)




b) Os fatos narrados pelas crianças da aldeia Tuba Tuba também acontecem com crianças da cidade? JUSTIFIQUE. (1,0)




c) Você se identifica com alguma situação narrada no texto? Qual? (0,5)




d) CITE um fato narrado pelas crianças Yudja que não faz parte do seu dia-a-dia. (0,5)



2- Assunto: Identidade indígena - Observe a imagem a seguir. (1,5)

Explique a frase “Xiiiii... lá se vai nossa identidade!” dentro do contexto apresentado na charge.












3-     Leia a reportagem a seguir e responda às questões.

Índios utilizam internet para divulgar cultura

     Uma vitrine infinita, para todo o mundo ver que sim, existem índios em Pernambuco. Assim é a internet para os povos nativos do Estado, que vêm explorando a rede e usando todas as suas ferramentas para mostrar ao mundo a realidade das aldeias indígenas. Um dos principais instrumentos na conquista do espaço virtual é o projeto Índios Online do Governo que nasceu com o intuito de divulgar a cultura indígena a partir das próprias aldeias.
     “Os livros de história têm uma visão deturpada do índio, com o Índios Online, nós podemos mostrar o que é o índio de verdade”, conta Alexandre, coordenador do projeto. Ele diz que o projeto consiste em um ponto de presença de internet com cinco computadores instalados nas aldeias e geridos pelos próprios índios.
     Além dos desafios de manter um centro de informática, os índios ainda enfrentam o preconceito dos não-índios. “Nossa internet é o único ponto da região. Isso gera uma certa inveja dos moradores da cidade. Eles ficam até chateados quando descobrem que eu tenho internet", diz a estudante Tânia Silva, 26 anos, conhecida na aldeia como Lian.
      “O maior problema que os índios enfrentam na inclusão digital é o preconceito social. Muitos não-índios querem que o índio se mantenha desinformado e longe da tecnologia. Justamente porque coisas como a internet fortalecem o cotidiano da aldeia”, afirma o presidente da associação de rizicultores dos índios truká, em Cabrobó, Moseni Araújo Sá.
http://www2.uol.com.br/JC/sites/indios/digital.html

a)     Como os índios usam a internet? (0,5)




b)    Como você utiliza a internet? (0,5)




c)     Quais são os problemas enfrentados pelos índios com o uso da internet? (1,0)





3-     Os livros de história têm uma visão deturpada do índio, com o Índios Online, nós podemos mostrar o que é o índio de verdade”, conta Alexandre, coordenador do projeto. IDENTIFIQUE a crítica presente na fala de Alexandre. (1,5)

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